Alberto Santos Dumont
Aeronauta brasileiro, pai da aviação. Nasceu no sítio de Cabangu, em Palmira (hoje Santos Dumont), em Minas Gerais, a 20 de Julho de 1873. Aos 18 anos partiu para a França, com o objetivo de estudar física, mecânica e eletricidade. Interessou-se por aerostação e começou a desenhar balões, nos quais colocou motores a petróleo, uma grande ousadia para a época.
Em 1897, realizou sua primeira ascensão em balão em Paris. Nos anos seguintes lançou um balão cilíndrico. Em 1901, perante uma Comissão do Aeroclube da França, conseguiu elevar-se do solo e realizar o percurso de Saint-Cloud à Torre Eiffel, contorná-lo e voltar ao ponto de partida, pilotando um balão alongado em forma de charuto com motor a petróleo, que havia idealizado. Com isso, assegurou a dirigibilidade dos balões e arrebatou o prêmio Deutsch de La Meurthe.
Mais tarde, em 23 de Outubro de 1906, com o "14-Bis" (aeronave com motor a explosão), que havia idealizado e construído, Santos Dumont efetuou, igualmente diante da Comissão do Aeroclube da França, o primeiro vôo documentado do mais-pesado-que-o-ar na história da aviação, sobrevoando o campo de Bagatelle e ganhando a taça Archdeacon pelo vôo oficialmente controlado a ultrapassar 25 metros. Nos anos seguintes, de 1907 a 1910, com o Demoiselle, ou Libélula, pequeno e frágil, muito semelhante aos atuais ultraleves, o pai da aviação efetuou inúmeros vôos, com os quais se popularizou.
Em 1912, estabeleceu um observatório em Trouville, onde de 11 a 13 de Agosto, em colaboração com o astrônomo C. Flammarion, em Juvisy, e outro colega em Besançon, procurou determinar, com precisão, a altura, a trajetória e a velocidade de meteoros.
Em Paris, escreveu "Dans l'air" (1901) sobre suas experiências de vôo e seus balões, o qual daria origem a "Os Meus Balões" (1904). Em Petropólis, escreveu "O que eu vi, o que nós veremos" (1918), sobre seus aviões e futurologia.
Eleito membro da Academia Brasileira de Letras, recusou-se a tomar posse, alegando não ser merecedor da honraria.
Em 1931, regressou definitivamente ao Brasil, indo morar em Petrópolis, numa casa batizada de "Encantada", que projetou com criatividade (entre outros detalhes, os degraus são dispostos de tal forma que só se pode começar a galgá-los usando o pé direito). A casa é hoje o Museu Santos Dumont.
Desde 1909, tinha a saúde abalada e sofria constantes crises de depressão. Numa dessas crises, foi transferido por sua família para o Hotel de la Plage, em Guarujá, SP, onde suicidou-se em 23 de Julho de 1932.
Santos Dumont se prepara para um vôo
Dirigível 6 contorna a Torre Eiffel
Dirigivel 6 sobrevoa Paris
O 14Bis decola para o primeiro vôo do mais pesado que o ar
Santos Dumont voando o Demoiselle